Talvez ainda não tenha encontrado
as palavras certas para expressar meu sentimento quanto a essa corrida
eleitoral. Mas tenho convicções que me provam que existe um tempo em que não
haverá retrocesso. E isso chama-se tarde demais! Talvez, hoje seja tarde demais
para mudar, pois ontem foi o dia de demonstrar a insatisfação falada e repetida
durante todos os dias nos ônibus lotados, metros, etc.!
Tenho também a impressão que
ocorreu uma “revolta” generalizada contra um partido “dominante”, mas que em
alguns aspectos também agiu de forma coerente e produtiva ao país, obviamente o
que todos esperavam dele, diante de suas premissas dos anos 80, 90 o FIM do mal corrupção. Mas ela existe, é um
fato latente em nossa sociedade, em nossas casas, no nosso dia-a- dia. Não da
para negar. Existe uma frase que muito me agrada: “vamos marcar um dia para vc
ir se fuder”, pois é, acredito que ontem todos nós marcamos o dia de irmos nos
fuder! Alguns mais outros menos! Mas marcamos!
Vivemos em uma metrópole sem
água, preferimos burlar as “leis”, a ética, a moral e levantar mais cedo para
lavar os carros e as calçadas sujas de pó (feitas por nós mesmos), para deixar
tudo “limpo”, mas e a sua sujeira desumana fica onde? Na superfície, fica à
mostra. Onde? Nas torneiras, no racionamento, no metrô, nos ônibus, na cidade!
Obviamente que um líder deveria liderar
pelo exemplo, mas, mais óbvio é que nós contribuímos para que esse líder
possa mesmo agir, pois ele saiu daqui, dessa superfície que finge ser honesta,
dessa superfície que bate no peito com orgulho que é melhor que o outro (em qualquer circunstância!), dessa
superfície que insiste apontar o dedo para o próximo e não enxerga que tem 4
voltados para si! Criamos todos eles, dentro de nossas casas, dentro de nossos
trabalhos, dentro do nosso mundo!!!
Milhares nas ruas pedindo mudança,
quando chega o momento temos um dos mais assustadores resultados, com palhaços,
homofóbicos ofensores, hipócritas, mentirosos, desonestos que não levam em
absoluto a sério a vida deste país e da humanidade.
Aprendi que tenho que respeitar a
opinião alheia e da mesma forma que com minhas palavras acima posso ter “ofendido”
quem escolheu diferente, o mesmo acontece ao inverso. Estamos em uma suposta
democracia, caminhando ainda em passos vagarosos e com uma possibilidade de
liberdade de expressão que vai até o limite do próximo.
Sendo assim, se eu ouvir alguém
reclamando sobre qualquer ineficiência, ingerência do Estado (nação ou estado),
perguntarei sobre seu voto e se a resposta for quanto aos perfis absurdos,
minha resposta será: Você mesmo escolheu a tempestade, então se vire com ela! - LCMC
OBS: O termo nós é referente a nós mesmos!
OBS: O termo nós é referente a nós mesmos!