sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Eu não acredito nessa imobilidade

Algumas situações nos fazem refletir a partir das ações e reações do próximo, algo de extrema importância para os observadores do comportamento humano, que tentam descobrir o tempo futuro através das atitudes alheias. Como e de que forma elas podem transformar uma história? Como podem modificar os caminhos que aparentemente estão traçados pelo rei do máximo poder, o destino!?
Sarcasmo a parte é difícil acreditar que tudo foi traçado e que está escrito (maktub). Muitas culturas e religiões acreditam que tudo está determinado, mas refletindo a partir desse pressuposto de que há uma linha tracejada, previamente determinada a guiar sua própria escolha, que aparenta ser imóvel, sem o tão afamado livre arbítrio, demonstra algo engessado que não pode ser modificado, simplesmente fixo independente de todas as suas ações.
Eu não acredito nessa imobilidade.
Creio que exista sim algo preparado, como uma base, e que para cada situação existem caminhos a serem seguidos e que cada caminho escolhido, o rei do máximo poder o corrige e aquela linha até então determinada é reescrita de forma mágica para que não desabe nenhuma estrutura que a sustente.
Mas diariamente pode-se ver que para muitos caminhos seguidos, tais estruturas não existem para amparar as escolhas e determinar absolutamente nada! Será que a partir dessas escolhas que não resultaram positivamente podemos chamar da “escolha errada”?
E observando de outra ótica é possível também enxergar esses caminhos como se fossem ramificações interligadas com idas e vindas, com voltas e retornos, reviravoltas! Neste instante podemos então pensar no arrependimento da atitude mal interpretada, na palavra errada, no momento não aproveitado...
E este é um dos maiores pontos dessa história, o momento não aproveitado!
Parece-me uma mania, a de dizer “não” para punir o próximo. De forma inconstante por qualquer suposta “chateação” que tenha anteriormente este próximo tenha te causado, reprimindo a sua máxima vontade, ou discordando de sua opinião. É como se fosse um retorno (reação) a ação passada do outro, tenta-se o punir com um belo e simples “não”, “não vai dar”, “não posso”, mais francamente dizendo: você hoje não é minha prioridade!
Por que será que em grande parte das ações que observo, isso acontece?
A esta indagação ainda não consegui solucionar, mas através dessa é possível também refletir quanto ao verdadeiro motivo que move as pessoas umas as outras.
O que faz nos unir?

Lara Coninck
06-07/08/2009

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